Cadeiras manuais

Qual o melhor sistema? Como escolher?

Num momento tão importante como a escolha de uma cadeira de rodas são vários os aspetos a ter em consideração, de forma a que o utilizador obtenha o maior usufruto da sua cadeira.

Um dos pontos fundamentais nesta escolha é o tipo de estrutura da cadeira, podendo esta ser de encarte ou rígida.

As cadeiras de encarte permitem que a cadeira dobre a meio, juntando assim as laterais e tornando-a mais compacta. Numa cadeira de sistema rígido por norma só é possível rebater o encosto sob o assento, sendo que existem algumas exceções.

As cadeiras manuais com estrutura de encarte são por norma as que se enquadram na grande maioria dos casos, devido à sua versatilidade. Este sistema permite ao utilizador retirar os patins, os apoios de braço, as rodas e rebater o encosto.

 

As principais vantagens do sistema de encarte:

  • No transporte – Devido à possibilidade de retirar patins, apoios de braço e rodas, permite que a cadeira fique bastante compacta (minimiza a sua largura) o que facilita no momento do transporte.
  • O acesso a mesas, bancadas, casas de banho e transferência frontal – devido a possibilidade de retirar os patins o que permite maior proximidade das estruturas.
  • Em casos de condução (para quem consiga efetuar a transferência para o carro, mas não consiga pegar no peso da cadeira) – Devido à possibilidade de encarte torna a cadeira mais compacta e em conjunto com uma adaptação automóvel, através da aplicação de um chairtopper (sistema de transporte de cadeira de rodas no tejadilho do carro) o utilizador consegue de forma autónoma e sem esforço colocar a cadeira no carro.

As cadeiras de estrutura rígida, como o próprio nome indica não permite juntar as laterias, permitindo no máximo rebater o encosto.
Este tipo de estrutura surgiu no seguimento das cadeiras de desporto, o que lhes atribuiu inúmeras vantagem.

 

As principais vantagens do sistema rígido:

  • Mais estabilidade – Possuem uma barra rígida em baixo do assento que confere mais estabilidade e agilidade;
  • Mais leve – Devido a ter menos peças, torna-se mais leve e menos propensa a “ganhar folgas”;
  • Possibilidade de personalização da cadeira ao detalhe para cada utilizador (por exemplo: ajuste personalizado do frame frontal, tapper o assento, entre outros);
  • Menos esforço para percorrer mais distância – devido à sua leveza e agilidade requer menos esforço por parte do utilizador.

Avaliando as expetativas e as necessidades especificas de cada utilizador, conseguimos direcionar qual o tipo de cadeira que melhor se enquadra tornando o seu dia-a-dia mais confortável.

Para cada utilizador, uma solução!

 

Hugo Silva, Engenheiro de Reabilitação

 

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