Partir em viagem, principalmente quando o fazemos para desfrutar de umas férias é o que todos ansiamos.

Viajar, para uma pessoa com mobilidade reduzida, nem sempre é simples e para algumas pessoas é mesmo um bicho de sete cabeças levando mesmo a que deixem de o fazer.

Existem várias formas de viajar e nenhuma é melhor do que a outra e o que serve para uns não serve para outros, pelo que o melhor é encontrar o modo como nos sentimos descontraídos e em que conseguimos aproveitar e usufruir da viagem.

Já fiz muitas viagens e a minha opção preferida é viajar de carro.

Partir numa Road Trip, principalmente quando o faço a partir de casa, é sinónimo de descontração total. São várias as razões para que isso aconteça:

  • Não tenho que andar de avião, o que, para mim, é a pior parte de qualquer viagem, mesmo que seja para o meu destino de sonho!
  • A liberdade de poder ir definindo o itinerário à nossa vontade e mudar de planos sempre que nos apetece.
  • É uma das melhores formas de viajar e de ir descobrindo lugares por onde, de outra forma, nunca passaríamos.
  • Depender o menos possível de outros transportes, não tendo de respeitar horários nem tudo o que implica andar em transportes públicos, ou seja, sem o stress dos aviões, comboios, barcos e todas as complicações a isso inerentes.
  • Podemos abrir ou fechar a janela quando precisamos, ouvir a música no volume que gostamos e parar quando nos apetece!
     

Planeamento
Mas isto não quer dizer que uma Road Trip não tenha que ser bem pensada e bem programada para evitar contratempos e situações menos agradáveis, além de ser importante para não resvalar no orçamento estipulado, o que pode facilmente acontecer!

Quando temos o destino pensado, convém levar o percurso mais ou menos calculado e definido. Ao fazerem-se muitos quilómetros seguidos, há que ter em atenção as paragens para comer ou para ir à casa de banho e contar que nem todas as bombas de gasolina e restaurantes de estrada as têm adaptadas.

É muito importante não esquecer de levar o dístico de estacionamento, pois é fundamental para o poder fazer nos lugares destinados a mobilidade reduzida, ou até mesmo nos outros sem ter que pagar e, nalgumas cidades, para poder entrar em certas zonas com acesso restrito, como, por exemplo, nos centros.
 

Alojamento
Eu prefiro ir com o alojamento previamente marcado mas, se possível, com opção de cancelamento gratuito para o caso de nos demorarmos mais num local ou descobrirmos outro que nos apeteça conhecer. Claro que o facto de precisar de hotéis com acessibilidades para mobilidade reduzida complica um pouco esta tarefa, pelo que o melhor é fazê-lo com alguma antecedência. Neste caso, é importante escolher hotéis com facilidade de estacionamento.
 

Acessórios
Não esquecer os acessórios que nos facilitam a vida, especialmente em viagem. Por exemplo, os auxiliares de propulsão, manuais ou elétricos, trazem segurança e estabilidade e dão autonomia, principalmente a quem se desloca em cadeira de rodas, uma vez que permitem andar por caminhos que não estejam em boas condições ou pisos irregulares o que acontece frequentemente em viagem.
 

Fazer e organizar a mala
O meu lema é levar o mínimo, mas levar tudo!
Fazer uma mala de viagem depende muito de pessoa para pessoa, mas, acima de tudo, estando numa cadeira de rodas, depende do destino para onde vamos e até do meio de transporte que vamos usar!

Se vamos de carro, estamos à vontade para acrescentar mais umas coisas extra, pois não vamos ter que andar com ela “às costas” e, muito menos, sobrecarregar quem nos acompanha.

Elabore uma lista do que vai precisar, com alguma antecedência, e vá acrescentando itens à medida que se lembra de algo. Assim não se vai esquecer de nada!
 

Atividades de lazer
São muitas as atividades de que podemos usufruir em viagem, sejam elas mais ou menos radicais.

Pesquise e procure na internet aquilo que gostaria de fazer e contacte as empresas e, mesmo que não encontre informação específica para pessoas com deficiência, vai surpreender-se com tudo o que é possível fazer estando numa cadeira de rodas, se for esse o caso.

Para visitar monumentos e museus investigue nos sites, pois há, normalmente, uma página dedicada à entrada de pessoas com deficiência. Convém verificar, pois algumas vezes é feita por entradas alternativas. Nalguns sites, existe também informação sobre o estacionamento e as casas de banho adaptadas. Não esquecer que, muitas vezes, para entrar, é pedido um atestado que comprove a condição da pessoa.

O que não pode faltar para uma Road Trip fantástica?

  • Um bom planeamento;
  • Acessórios imprescindíveis à cadeira;
  • Dístico de estacionamento;
  • Boa companhia;
  • Boa música;
  • Espírito de aventura!

Comece já a programar a próxima e JustGo!!

Sofia Martins, "JustGo by Sofia"

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